
A História da Queijada
Sabia que as queijadas eram uma forma de pagamento na época medieval? Há registos de documentos que remontam ao século XIII e XIV que fazem referência às queijadas como uma moeda de pagamento. Sim, leu bem.
A Origem da Queijada de Sintra
Existem várias histórias acerca da origem das queijadas de Sintra. As queijadas são provavelmente um dos mais antigos doces da gastronomia sintrense, eternizados na literatura portuguesa, como por exemplo na obra literária de Eça de Queirós “Os Maias”.
As queijadas são um doce regional, cuja origem remonta ao reinado de D. Sancho II no século XIII. As queijadas foram consideradas doces de fabrico caseiro até meados do século XVIII, uma vez que nessa época serviam como método de pagamento de foros. Posteriormente passaram a ser fabricadas, até aos nossos dias, nas conhecidas fábricas de queijadas: Sapa, Gregório, Piriquita, Casa do Preto e Dona Estefânia, todas elas situadas na vila de Sintra.
A sua popularidade
Ao longo dos anos, as queijadas tornaram-se um símbolo da gastronomia de Sintra, e hoje qualquer visitante de Sintra quer provar – ou mesmo levar – esta iguaria gastronómica.
Sugere-se que as queijadas sejam acompanhadas com um vinho licoroso, com alguma idade e estrutura.
A sua receita
As queijadas são pequenas tartes feitas a partir de queijo fresco, açúcar, farinha, ovos e canela, envolvidas numa massa crocante e estaladiça.
A massa das queijadas tem como ingredientes nada mais nada menos do que farinha, manteiga e água. A base é preparada com 24 horas de antecedência e deve ser conservada coberta com um pano seco sobre o qual deve estar sobreposto um pano húmido.
Para o recheio deste doce secular é necessário triturar o queijo, misturar o açúcar ao qual se juntam as gemas, a farinha e a canela.
A massa deve ser estendida muito fina e cortada em rodelas de 6 cm de diâmetro, forram-se as formas e dão-se alguns golpes nas extremidades. Recheiam-se com o preparado e vão cozer ao forno, que deve estar a uma temperatura bastante quente.